sábado, 19 de novembro de 2011

DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ: Sim ou Não?

O estado do Pará, atualmente é o segundo maior estado do país, ficando atrás somente do estado do Amazonas. Há alguns anos cogitava-se dividir este estado, como foi feito anteriormente com os estados do Mato Grosso e Goiás, criando-se o Mato Grosso do Sul e o Tocantins, respectivamente. Nestes dois ultimos casos houve um resultado positivo para o desenvolvimento social, economico e cultural para a população residente e para o País.
Agora, todo o país presencia as prévias e discussões a respeito da divisão do estado do Pará em três estados: Pará, Tapajós e Carajás.

O plebiscito para decisão está marcado para o dia 11 de dezembro do ano corrente e todo paraense é obrigado a votar. Concordo com a obrigatoriedade do voto, dado que tamanha é a alienação da população brasileira em assuntos como este que, não fossem obrigados, muitos não votariam. Segundo estudiosos, com a divisão, o estado do Pará ficaria com as seguintes especificações de território, economia, densidade demográfica e outros aspectos:
Como em todo momento decisivo, temos agora duas vertentes: os que são a favor e os que são contra.

Na vertente a favor, temos como cabeça o economista Célio Costa, que acredita que "Do ponto de vista das finanças e da dimensão territorial, que é enorme, o Pará é inadministrável (...) Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que têm os cinco orçamentos mais ricos do país, cabem dentro da área do Pará, que tem um orçamento para toda a região. Dá para entender a gravidade da situação? Como você ocupa e desenvolve uma região se não tem a efetiva presença do estado? O Pará está estagnado(...)vai ser uma salvação (...) Vai ser bom para a Amazônia brasileira e para os novos estados. Vai ser bom para o pacto federativo, e bom para desconcentrar o desenvolvimento nacional. O Pará precisa de socorro, e esse é o momento para fazer um grande ajuste fiscal. ”

Na vertente contra, temos o professor Roberto Corrêa, economista, cientista político e pesquisador da Universidade Federal do Pará (UFPA). O mesmo afirma que "Não é verdade que quanto menor o estado, maior o PIB (...) O que leva um PIB a se desenvolver é a racionalidade da gestão pública, estimulando a iniciativa privada (...)Vejo um terremoto federativo que não tem nada a ver com autonomia étnica ou cultural. É apenas de natureza casuística, política”.

O fato é que o estado do Pará é muito grande e o clã dominante desvia verba demais para contas e interesses particulares ainda apoiado pela população nativa com o argumento de que ele "rouba, mas faz" (risos). Se o estado é tão grande, com muitos municipios sofrendo ainda com a precariedade de falta de água encanada, energia elétrica, saneamento básico, hospitais, postos de saúde, escolas, por que não dividir?

Quantas crianças têm que pegar comboios, atravessando cidades para poder estudar, colocando a vida em risco? quantos cidadãos têm que passar o dia inteiro em viagem para passar mais um ou dois dias em fila de um hospital público para conseguir MARCAR CONSULTA e, sabe lá Deus para quando, conseguirá marcar? Sem contar com os casos de emergência, em que o paciente morre por não conseguir chegar a um hospital e ser atendido em tempo.

Há ainda a Rodovia Transamazônica
que, só quem já passou e têm que passar frequentemente por lá sabe como é a realidade, o que tem que suportar; ficar dias atolado na lama sem comida e sem água. Quanto se perde em cifras com mercadorias presas na estrada? Isso eleva o custo de vida no estado, pois tudo o que os empresários e comerciantes perdem na estrada, repassam para os consumidores finais.

Os que são contra a divisão, alegam que todo o país será prejudicado com a divisão pois, como serão criados novos cargos para administração dos estados e os mesmos ainda não têm recursos para se sustentarem, o Governo elevará os impostos para poder sustentar os bebês estados. A questão é que o Governo eleva impostos até para que os parlamentares tenham um papel higiênico folheado a ouro para limpar o traseiro, para pagar passagens internacionais particulares, para ter iates, mansões na praia, filhos em universidades internacionais renomadas, tudo com o dinheiro público, tirados do nosso bolso.

Se já estamos tão acostumados a sustentar luxos e regalias de gente sem escrúpulos, por que ser contra mais arrecadação de impostos para contribuir com o crescimento de nossos primos que vivem em tão precárias condições de vida???? tanto se fala em proteção de cães, de matar a fome de crianças, de paz mundial... e quando é para estender a mão aos nossos patrícios sempre colocamos impecilhos porque vai sair dinheiro de nossos bolsos. Dinheiro de nossos bolsos já sai há muito tempo, e por causas vagabundas de políticos salafrários.

É JUSTO que trabalhadores e sofredores como nós sejam ajudados com nossos impostos.
Há um comentário que gira pelas redes sociais, publicados por moradores dessas regiões mais precárias e que, por experiência própria são, como eu, a favor da divisão do estado. Segue copiado na íntegra:

QUEM VOTA NO NÃO É PORQUE:

- Não nadou no Tocantins e Não nadou no Tapajós e NÃO nadou no Xingu.
- Não andou na Transamazônica e Não andou na Santarém-Cuiabá.
- Não conhece o Sul do Pará e Não conhece o Oeste do Pará.
- Não precisa de mais Hospitais e Não precisa de mais escolas.
- Não.. comeu Tucunaré e Não comeu Tambaqui.
- Não conhece a praia do Tucunaré e Não conhece Alter do Chão.
- Não ficou preso num atoleiro e Não ficou preso numa barreira do MST. -
 Não torceu no Zinho Oliveira e Não torceu no Barbalhão.
- Não sofre com falta de energia e Não sofre com falta d'agua.
- Não curtiu a expoama nem o Sairé.
- Não precisa de carro 4x4 e Não precisa de barco.
- Não se importa com o presente e Não se importa com o futuro de outros irmãos brasileiros.
- Não enxerga a realidade e Não enxerga as oportunidades.
- Não tem filhos sem faculdade e Não tem pais sem assistência médica.!
- Não tem problemas com telefonia móvel e Não sofre com Internet porca.
       Se é bom para todos.. Não podemos ser contra
(Luilson Marques) .

EU SOU A FAVOR DA DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ E LEVANTO A BANDEIRA!!!!!!



Janaina.

2 comentários:

  1. Sinceramente não sei se a divisão será a solução para aplacar as precárias condições de vida que esta população enfrenta. O que vejo são interesses políticos bem afinados com os interesses de empresas privadas que habitam e exploram essa região. Fica tudo bem mais fácil quando estado e menor, como será o caso de Carajás (que será dominado pela monumental Vale do Rio Doce) e Tapajós (pelas grandes usinas Hidroelétricas, e chegando mais... mais desenvolvimento?!!!?? ou retrocesso)
    Então vamos lá!! Constituir e enviar verbas para os estados particulares da Vale e das hidroelétricas... Enquanto o mundo se preocupa em poupar os poucos recursos naturais existentes, nosso país anda na contra mão. Quer mais é inundar e desmatar as florestas mesmo, afinal, pra que floresta no chão, se ela da mais dinheiro nos caminhões??!!
    Tudo, tudo em nome do capitalismo.

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